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Voluntariamente autista, sociável com trouxas, fluência em melancolicês. Não tem dom de se expressar pela fonética, mas ama a escrita mesmo sem saber juntar a multidão de letras que seguem suas células. Apenas uma alma muda na imensidão de vozes.

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segunda-feira, 12 de maio de 2014






Eu queria escrever no caminho das tuas veias e artérias 
sinta a pulsação 
Eu queria escrever nas tuas válvulas 
sinta os caminhos se abrirem
Eu queria escrever nos teus neurônios
sinta as respostas
Eu queria escrever no caminho das tuas fissuras cerebrais
sinta os retornos
Eu queria escrever nos teus ossos
sinta a resistência
Eu queria escrever nas tuas células
sinta a vida 
mesmo que ainda no seu exterior o silêncio da existência te faça sentir morto
Eu queria escrever
cubra as tuas orelhas um instante com as tuas mãos 
e ouça
Ouça o som da vida de dentro.



1 comentários:

Anônimo disse...

Aqui apareço novamente, pequena e no entanto grandiosa escritora. Estava há tempos preparando este agradecimento pois, infelizmente, não tenho um dom como o teu para expor meus sentimentos em linhas tão bonitas. Sua escrita me conforta e me acalma como nenhuma outra, tirando a escuridão de meu caminho. Tomei uma conclusão quanto a isso, decidindo que tu deves ser dona de uma alma tão pura que tudo o que sopras no papel acaba em poesia, mesmo que não seja dividido em versos. Uma poesia maravilhosa, bondosa. Torço para que tua grandiosidade se espalhe e tome o coração de todos, deixando um pouco de seus belos sentimentos em cada um. Confesso que cada vez que leio os teus textos, tenho vontade de me dedicar aos pequenos prazeres, de desenhar, de sentir o perfume das plantas, de apalpar as nuvens. Fico pensando nas estrelas, tanto usadas em suas comparações. Sei porque usa elas: porque elas são grandiosas e puras como tu. Podes não achar isso, mas tenho certeza de que é a verdade. Uma pessoa qualquer não teria seu talento. Fico extremamente feliz por ter a sorte de poder desfrutar de tuas palavras. Esse aglomeradinho de palavras que tu trataste em teu primeiro texto com tamanha ingenuidade é, sem qualquer dúvida, algo tão profundo que, provavelmente, nunca teremos oportunidade suficiente para descobrir teu limite. Fico feliz que tu me consideres uma dessas plantinhas rebeldes que nascem das rachaduras. Retribuo seu abraço com imenso carinho e gratidão. Aqui encontro uma alma amiga. Perdoe-me por minha prolixidade. Mais uma vez, obrigado. E repito: escreva, escreva, escreva.